Mãos trêmulas - Cathy Scarlet (conto)
By Cathy Scarlet
![]() |
Em meio à incerteza da atual situação na qual vivemos, muitas perguntas se manifestam entre nós; o medo nos cercando a cada saída (ou mesmo quando estamos em casa!), nos faz ponderar sobre nós, nossas famílias e todas as vidas perdidas pelo caminho por conta de um mal que não entendemos direito, que se manifesta inesperadamente e gera aquela sensação de angústia, ansiedade... Insegurança.
Mas, não temamos! Adotem as medidas de higiene necessárias, lavem as mãos, usem a máscara, lavem as que forem de tecido e evitem aglomerações. Fiquem em segurança e à salvo e, acima de tudo, garantam o mesmo a outras pessoas.
Quem puder e souber de famílias necessitadas, ajudem! Devem ser ainda mais solidários nesse momento. Nem todos são afortunados, tem gente passando fome ou necessidade por causa da pandemia. Vamos estender a mão para minimizar o peso dessas pessoas. Um dia, alguém fará por nós, tenham certeza.
Se informem, tomem precauções e pensem nos outros. Não vivemos sozinhos e, um ato egoísta pode ser a diferença para alguém que você ama ou conhece. Sejamos responsáveis e tenhamos empatia! Não é o momento de rebeldia ou de provocações.
Agora, fiquem com o breve conto que escrevi. Que seja um texto para refletimos na sensação de perda daquelas pessoas cujas casas ficaram mais vazias.
Se cuidem e fiquem bem!
Mãos trêmulas
Cathy Scarlet
Era uma tarde de clima ameno perto da filial do banco, o sol ainda lançando seus raios sobre as copas das árvores do parque ao lado. Sentada na escadaria do metrô, num canto mais isolado, Eva apenas observava o movimento ininterrupto.
Tantos meses passara em casa, trancada, isolada de todos... Parecia estranho estar ali agora, isolada... Justo ela que costumava ser o centro das atenções, onde quer que fosse. Justo ela que vivia rodeada de admiradores, amigos...
E agora...
E agora? Tudo parecia tão diferente.
A casa já não tinha os mesmos risos, mas não parecia tão assustadora, agora do lado de fora. Queria que as coisas voltassem ao normal, queria sorrir, abraçar os amigos, porém o vazio não deixava. Só lhe sobraram as mãos trêmulas e as lembranças das despedidas antecipadas.
XOXO
FONTE DA IMAGEM
https://blog.academiadegestaodaemocao.com.br/blog/post/solitarios-no-meio-da-multidao
Comentários
Postar um comentário